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Deputados discursam pela sustentabilidade e Paulo Duarte cobra intervenção no Rio Paraguai

Publicado em 05 de Setembro de 2024

Imagem: Na tribuna, Duarte denunciou que Ibama não tem permitido intervenções para retirada de sedimentos do rio
Na tribuna, Duarte denunciou que Ibama não tem permitido intervenções para retirada de sedimentos do rio
04/09/2024 - 11:26 Por: Fernanda Kintschner Foto: Luciana Nassar

A preocupação com o meio ambiente é tema recorrente entre as falas na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Nesta quarta-feira (4), Paulo Duarte (PSB) discursou sobre sua preocupação com o leito do Rio Paraguai e as questões climáticas que afetam toda a região pantaneira.

Segundo o parlamentar, há cerca de 6 pontos críticos com sedimentos que estão impedindo a navegação e que o Ibama não estaria autorizando a intervenção. “Não se trata de dragagem, se trata de sedimentos levados de forma natural e que o órgão não permite intervenção, ou seja, uma decisão isolada em Brasília, de pessoas que nunca vieram para cá, pode condenar a região inteira de Corumbá ao isolamento, ao ostracismo do ponto de vista econômico”, denunciou o deputado.

Atualmente, ainda segundo Paulo Duarte, a hidrovia escoa a produção, mas o Rio Paraguai e seus 2.700 quilômetros é um modal fundamental, por ser um transporte mais limpo que as rodovias. “Corumbá tem as melhores qualidades de minério de ferro e parte está sendo escoada pela BR-262, ou seja, aumenta a emissão de gases, que diminuem o volume de chuvas, que, consequentemente, aumentam a temperatura em todo o país, usando um transporte rodoviário mais caro, que mata pessoas e animais, com um tráfego pesado, que não foi planejado para isso. Temos que discutir a sustentabilidade, porque tudo impacta”, ressaltou.

Para Paulo Duarte, a principal discussão deve ser quanto as mudanças climáticas, pois o Pantanal corre risco de desertificação de áreas que antes eram alagadas e que a redução dos volumes de chuva está preocupante, visto que a pauta deve ser tratada “sem viés partidário, pois a questão ambiental é maior do que qualquer ideologia”.

Da mesma forma, o presidente da ALEMS, deputado Gerson Claro (PP) ressaltou que é preciso voltar os olhos ao ESG - Ambienal (Environmental), Social e Governança (Governance). “Esse é um conceito moderno, que reúne esses três pilares importantes. Não adianta procurar culpado. Temos que olhar a partir do hoje, do agora, criar políticas públicas e responsabilidades a partir daí, pois não vamos conseguir mudar a história do que já foi desmatado, mas daqui para frente sabemos que nós precisamos usar nossos rios para o desenvolvimento. Torná-los navegáveis, voltar políticas para as matas ciliares, agir com mais responsabilidade daqui para frente”, considerou.

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Diário Diretor: Nilson Pereira
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